Ser mulher está além do que contam as revistas e os filmes, porque as mulheridades são múltiplas. O dia da mulher é celebração e luta, pelo direito à liberdade e justiça.
Elas estão nas escolas, no senado, na tecnologia, nos consultórios, em frente às câmeras, nas obras e também no futebol. Mas ainda precisam enfrentar lutas diárias para serem reconhecidas e valorizadas pela sua competência.
Julgadas todos os dias de diversas perspectivas, seja pela sua imagem, suas escolhas, na maternidade, em sua identidade, na capacidade ou conduta em geral. Mulheres lidam todos os dias com a expectativa de padrões que foram criados para atender aos desejos de um sistema patriarcal.
É um verdadeiro desafio ser mulher em um contexto de opressão e machismo, mas é também resistência e conquista, ao passo que barreiras são rompidas e as vozes se elevam em nome de mais direitos e liberdade.
Ser mulher não é unidade, existem diversos recortes que potencializam dores e vivências particulares, portanto é justo olhar para cada uma com a sensibilidade de entender a sua história, a sua coragem, méritos e concessões. Somente assim, a sociedade será capaz de abraçar de fato a potência da palavra mulher.
É preciso que mulheres falem por si, cada uma de seu lugar, distante das regras criadas pelas mãos de homens ao seu próprio benefício.
Não há como resumir todo o contexto social e as batalhas femininas somente em um dia, porque os reflexos da desigualdade e discriminação seguem para além dessa data.
O dia da mulher é uma forma simbólica de não deixar que sejam esquecidas as lutas, os diálogos, as perdas e vitórias. É celebrar os direitos, mas também responsabilizar e cobrar justiça pelas violências sofridas. Não cabe em apenas um dia, mas esse data é histórica e se faz necessária.
Que, não só neste 08 de março, mas todo o ano, o respeito à diversidade do que é ser mulher e ao seu papel na sociedade seja honrado.
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!