Naturalmente Bonita

Dia do Orgulho LGBTQIAP+

28.jun.2023

Durante o mês de junho, especialmente no dia 28, é celebrado o Orgulho LGBTQIAP+ e essa celebração significa muito mais que uma data marcada no calendário.

Pessoas LGBTQIAP+ provocaram mudanças significativas em diversos ambientes, através de suas perspectivas, seja lutando pela comunidade ou abrindo portas e discussões necessárias.

Até mesmo além dessa temática, pessoas LGBTQIAP+ foram responsáveis por grandes feitos que merecem celebração. Vem conhecer um pouco dessas histórias de Orgulho:

No próprio movimento LGBTQIAP+

É impossível falar sobre o Mês do Orgulho sem lembrar de Marsha P. Johnson, travesti, Drag Queen e ativista dos Estados Unidos que lutou pela liberdade de toda comunidade.

A Rebelião de Stonewall, em 28 de junho de 1969, deu origem ao Dia do Orgulho LGBTQIAP+ que é celebrado hoje e Marsha esteve na linha de frente, envolvida em grupos que se manifestavam contra a postura lgbtfóbica da polícia, além de abrigar e acolher pessoas LGBTQIAP+ durante o ocorrido.

Nos recordes do futebol mundial

A maior jogadora de futebol do mundo é uma mulher LGBT e brasileira, Marta. 

A camisa 10 da seleção já recebeu esse título por seis vezes, sendo cinco consecutivas e quebrou recordes no esporte mundial, não só feminino. Marta é um exemplo e inspiração para meninas que sonham em dominar os campos, mas ainda esbarram na forma preconceituosa que o futebol é conduzido.

Presença LGBTQIAP+ na política brasileira

A atual Deputada Federal (PSOL/SP) Erika Hilton, também vereadora mais votada do Brasil em 2020, é uma mulher trans e negra que atua na frente política da luta por direitos. 

Em exercício do seu cargo, Erika traz principalmente debates que vizibilizam responsabilidades do poder público e políticas necessárias para amparar e garantir a dignidade das vidas LGBTQIAP+.

Na maior premiação de música do mundo

A 65º edição da premiação internacional Grammy Awards foi marcada por uma vitória histórica. O prêmio da categoria Melhor Performance Pop de um Duo/Grupo foi para “Unholy”, interpretada por Kim Petras e Sam Smith. 

Apesar de não ser a primeira mulher trans a receber o gramofone, o prêmio é extremamente simbólico, porque Kim é a primeira mulher trans a vencer esta categoria, que tem grande destaque para a cerimônia. Além disso, Sam Smith é não-binário e também amplia as discussões do movimento através do seu trabalho com a música.

E essas são só algumas das milhares de histórias de excelência, que muitas vezes pessoas LGBTQIAP+ não conseguem celebrar, por conta do preconceito e discriminação. Elas são histórias de Orgulho e merecem ser contadas!

Agora que você já conheceu a presença importantíssima dessas pessoas LGBTQIAP+ que construíram e ainda constroem cenários mais plurais em todo o mundo, compartilha esse post com alguém que também precisa saber mais sobre o movimento!

Joicy Eleiny

Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente atra...

Maiores aprendizados que a maternidade trouxe

12.maio.2023

Dia das Mães chegando e nós mamães ficamos mais reflexivas, né?! Passa um filme na minha cabeça quando lembro do dia que olhei para o teste de gravidez e vi o resultado positivo.

Essa foto é muito importante para mim, porque foi exatamente no Dia das Mães, do ano de 2021, que revelamos que eu estava grávida. Um mix de medo, ansiedade e ao mesmo tempo, estava incrédula que aquilo era real. Tive uma gestação maravilhosa, aproveitei muito. Mas, posso falar que passei por momentos difíceis desde a descoberta e principalmente no puerpério. 

Foto tirada um dia depois do nascimento do Luiz Miguel, segurando meu pacotinho de amor. Eu não sei explicar direito, mas eu fazia o que devia ser feito sem nunca ter feito antes, entende? Eu nunca tive experiência e nunca cuidei de nenhuma criança, nunca troquei uma fralda. Eu pegava o Luiz Miguel, ninava, colocava pra dormir, trocava fralda, fazia tudo isso como se eu fizesse há anos… não sei explicar kkk. Realmente o ditado “nasce um filho, nasce uma mãe” fez total sentido comigo.  

E o amor da minha vida hoje tem 1 ano e 6 meses. Posso afirmar que não sou a mesma pessoa da primeira foto, a vinda desse serzinho me transformou. Eu amadureci em vários aspectos da minha vida, passei a enxergar a vida de outra forma, valorizar pequenas coisas que eu não valorizava antes, perceber de verdade que nada na vida é fácil, principalmente criar um filho. 

Mudei meus gostos, minhas prioridades, músicas que escutava, hábitos que eu tinha, lugares que eu saia. Mas, a maior transformação aconteceu dentro de mim. Sinto saudade da pessoa que eu era? Não. Posso afirmar que o que me move é melhorar mais a cada dia e poder ensinar coisas boas para o meu filho, poder ensinar valores e princípios que eu acho super importantes. Além de amá-lo todos os dias, viver para ele e por ele todos os dias. 

Antes, eu pensei que sabia o que é amar alguém. Isso pode até soar um pouco clichê, mas realmente eu não conhecia o amor. Amor verdadeiro, infinito, amor que rasga o coração, amor que transcende. Sim, agora eu conheço. 

E sabe o que mais passei a valorizar depois que me tornei mãe? A minha mãe. Sim. Daniela Lustosa minha rainha, minha mãe. A mulher que me inspiro todos os dias para que eu me torne para o Luiz Miguel, pelo menos um pouco do que ela foi/é para mim.

Mãe, porque não são eternas? Como cabe tanto amor em um coração assim? Amor que vai além da vida. Amor verdadeiro, amor que não quer nada em troca. Amor que transforma. 

Quero mandar um grande abraço bem apertado em todas as mamães e desejar um lindo Dia das Mães. 

Com amor, Nat.

Nat Lustosa

Nathalia, 23 anos, é advogada, mas sua paixão é o mundo da beleza – especialmente cabelo e maquiagem. Dedica seu tempo a produzir conteúdo simples e acessível, buscando ajudar as pessoas a se s...

Um dia da mulher?

8.mar.2023

Ser mulher está além do que contam as revistas e os filmes, porque as mulheridades são múltiplas. O dia da mulher é celebração e luta, pelo direito à liberdade e justiça.

Diante de uma sociedade patriarcal

Elas estão nas escolas, no senado, na tecnologia, nos consultórios, em frente às câmeras, nas obras e também no futebol. Mas ainda precisam enfrentar lutas diárias para serem reconhecidas e valorizadas pela sua competência.

Julgadas todos os dias de diversas perspectivas, seja pela sua imagem, suas escolhas, na maternidade, em sua identidade, na capacidade ou conduta em geral. Mulheres lidam todos os dias com a expectativa de padrões que foram criados para atender aos desejos de um sistema patriarcal.

É um verdadeiro desafio ser mulher em um contexto de opressão e machismo, mas é também resistência e conquista, ao passo que barreiras são rompidas e as vozes se elevam em nome de mais direitos e liberdade.

Mulher é uma palavra diversa

Ser mulher não é unidade, existem diversos recortes que potencializam dores e vivências particulares, portanto é justo olhar para cada uma com a sensibilidade de entender a sua história, a sua coragem, méritos e concessões. Somente assim, a sociedade será capaz de abraçar de fato a potência da palavra mulher.

É preciso que mulheres falem por si, cada uma de seu lugar, distante das regras criadas pelas mãos de homens ao seu próprio benefício.

Um dia da mulher?

Não há como resumir todo o contexto social e as batalhas femininas somente em um dia, porque os reflexos da desigualdade e discriminação seguem para além dessa data.

O dia da mulher é uma forma simbólica de não deixar que sejam esquecidas as lutas, os diálogos, as perdas e vitórias. É celebrar os direitos, mas também responsabilizar e cobrar justiça pelas violências sofridas. Não cabe em apenas um dia, mas esse data é histórica e se faz necessária.

Que, não só neste 08 de março, mas todo o ano, o respeito à diversidade do que é ser mulher e ao seu papel na sociedade seja honrado.

Joicy Eleiny

Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente atra...

Cabelo crespo e ancestralidade: penteados que carregam a história

21.nov.2022

O cabelo crespo carrega consigo parte da história de um povo e os seus penteados também são cheios de representação ancestral e muito significado.

Contar e lembrar do que a origem de cada penteado representa para a história do povo preto é também uma forma de manter viva essa cultura.

Bantu Knots no cabelo crespo

No Brasil, também são conhecidos como coquinhos. Os bantu knots levam o nome de um grupo etnolingüistico, que vêm principalmente da África subsariana, e engloba cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes.

Além dessa importante carga histórica, esse é um penteado protetor, que pode ser usado para proteger os fios, nas texturizações ou durante a aplicação de tratamentos capilares.

Penteados com Trança Nagô

A trança é muito mais que um penteado, ela está presente na maioria das jornadas identitárias de mulheres negras.

Modelos de tranças que conhecemos hoje no brasil surgiram em diversos lugares do continente africano. Eles podem falar sobre seu território de origem, as relações sociais de uma época ou espaço, hierarquias ou crenças e sempre sobre resistência.

Durante o período escravocrata no Brasil, as técnicas de tranças trazidas pelo povo africano, se tornaram não só uma forma de continuar cultivando essa cultura e lembrando de casa, mas literalmente uma recurso para a sobrevivência. Muitas vezes com o trançado na cabeça era um mapa de fuga até os quilombos ou carregavam sementes dentro do cabelo, para serem plantadas quando chegassem nesses espaços, garantindo alimentação e vida ao povo refugiado.

O que representa o Afro Puff

O afro puff é um dos penteados mais simples de reproduzir no cabelo crespo e também um dos mais presentes na trajetória de cabelo natural.

Ele faz parte até mesmo do começo da jornada de autoconhecimento e identificação enquanto pessoa negra, ainda com o cabelo curtinho após transição capilar, por exemplo.

Seu nome vem de uma tradução que representa volume, o que diz muito sobre a sua estética e a apropriação de uma das características naturais do cabelo crespo. Ele é versátil, prático e com certeza faz parte da história de mulheres negras no mundo inteiro.

Todos esses penteados representam ainda um resgate de ancestralidade, uma forma forte e bonita de se conectar com quem veio antes e com a comunidade no presente.

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Você já conhece o nosso Canal no Youtube? Por lá você aprende a fazer vários desses penteados e também como cuidar do seu cabelo crespo.

Compartilhe esse post com uma amiga que vai amar o conteúdo!

Joicy Eleiny

Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente atra...

Gordofobia

9.set.2022

Oi Bonitas tudo bem? Espero que estejam bem e se cuidando. 10 de setembro é o dia da Luta contra a Gordofobia e eu quero compartilhar com vocês alguns dados e mensagens importantes nessa luta contra o preconceito.

Você sabe o que é Gordofobia?

“Gordofobia é a aversão à gordura e as pessoas que estão acima do peso, fazendo com que se sintam inferiores aos outros. “Preconceito, tratar mal, desmerecer ou fazer a pessoa acima do peso se sentir inferiorizada são características que indicam a gordofobia”, analisa a nutróloga Ana Luisa Vilela.” ( Emais- Estadão).

O termo GORDOFOBIA surgiu por volta do ano de 2009 por conta de uma personagem chamada Perséfone, interpretada pela maravilhosa Fabiana Karla na novela “Amor a Vida”. Nessa trama, a família do futuro marido da personagem, não aceitava um casamento entre eles apenas por ela ser gorda.

Mas, a ficção virou realidade e hoje o que vemos na nossa sociedade são muitas “Perséfones” espalhadas que sofrem com o preconceito apenas por serem gordas.

“Perséfone” Persongem da Fabiana Karla da novela Amor a vida da Globo que sofreu Gordofobia.

Os índices atuais são alarmantes, e preocupantes!

Atualmente, conforme o IBOPE, 92% dos brasileiros obesos admitiram sofrer com gordofobia no convívio social.

De acordo com uma reportagem da Revista Exame, o mercado de trabalho paga mais para quem é magro.

Conforme uma empresa de recrutamento,  65% das empresas preferem não contratar pessoas gordas/obesas.

No mercado de trabalho a gordofobia pode ser interpretada como assédio moral e seguindo assim os trâmites já estabelecidos.Em alguns casos pode-se entender como injúria, crime  previsto no Código Penal, mas sabemos que até para provar que sofreu gordofobia não é fácil porque a sociedade tentar a todo momento invalidar o seu sofrimento e a sua dificuldade.

A mídia, por sua vez, faz o papel de reforçar a magreza à vida saudável, colocando modelos, blogueiras magras nas capas de revistas, como exemplos a serem seguidos, e reafirmando assim um sinônimo de perfeição a ser seguido e idolatrado.

Mel Soares mostrando que mulheres Gordas podem e devem se sentir bonitas

Mas, em contrapartida, as redes sociais podem ser grandes ferramentas para mulheres gordas mostrarem o seu empoderamento, que o corpo delas é apenas um corpo e não tem nada a ver com ser incapaz, por exemplo, de ocupar o mesmo lugar social de uma mulher magra. É uma luta grande, diária, que envolve a mudança de mentalidade de uma sociedade acostumada e treinada para ler que exclusivamente o magro é saudável e o gordo não é.

As pessoas têm muita dificuldade em associar mulheres gordas a cargos de destaque ou poder!

No Brasil, 1 em cada 5 pessoas está com sobrepeso ou obesidade conforme os dados do Ministério da Saúde e estima-se que em 2025 aproximadamente 700 milhões de brasileiros estarão obesos. Estudos apontam também que as consequências da gordofobia ou bullying em crianças é ainda mais preocupante psicologicamente, pois o sofrimento emocional pode levar ao prejuízo em outras áreas da vida.

Flávia Durante criadora do Pop Plus é uma grande ativista nessa luta!

É muito natural, (mas não deveria ser) vermos pessoas gordofóbicas tendo atitudes que reforçam o preconceito, e causando situações constrangedoras às pessoas gordas. E isso aumenta muito no ambiente familiar.

Atualmente o gordo nem sempre tem acessibilidade, muitas vezes ele deixa de fazer algo que gosta por medo de, por exemplo, não ter uma cadeira firme que vá aguentar o peso de seu corpo, ou até mesmo quando vai ao hospital e não há o manguito adequado para aferir a pressão. Com isso ele começa a deixar de socializar, evita médicos que possivelmente o ajudariam de alguma forma.

A gordofobia é um preconceito que estrutura todo um conjunto de ações que excluem, segregam e inviabilizam o corpo gordo. Trata-se de um problema estrutural que precisa ser combatido com políticas públicas, conscientização social e busca por ações efetivas que quebrem o ciclo de violência com os corpos gordos.

Lido diariamente com a Gordofobia na área que atuo, falando de moda na internet a 11 anos ainda sofro muito preconceito pelo tamanho da minha barriga. Criou-se um padrão até mesmo dentro desse nicho que deveria acolher pessoas gordas. Infelizmente ainda é uma luta grande onde precisamos trabalhar o amor próprio dessas mulheres todos os dias.

  • 50,1% dos brasileiros precisam lidar com colegas de trabalho que fazem piadas com o próprio corpo ou com foco em outras pessoas gordas;
  • 41% apontam cabines de banheiro estreitas nos escritórios e ambientes de trabalho;
  • 8% relatam que as empresas preferem que a pessoa gorda não tenha contato direto com cliente e fique no backstage;
  • 70,1% relatam atendimento médico negligente;
  • 25,7% relatam falta de macas, braçadeiras e equipamentos médicos que comportem o seu corpo em hospitais e centros de saúde;
  • 63% tiveram queixas de saúde ignoradas;
  • 86,4% receberam recomendação para perda de peso sem análise prévia de exames;
  • 42,5% enfrentam catracas que impedem acesso livre aos locais e transporte público;
  • 86,1% têm dificuldade de encontrar vestuário;
  • 32,7% possuem parceiros amorosos que insistem no emagrecimento;
  • 70% têm familiares e amigos que fazem piadas com seu corpo;
  • 63,8% enfrentam habilidades questionadas por serem gordas.

O problema de uma sociedade gordofóbica não está no gordo, mas sim na própria sociedade, precisamos conscientizar as pessoas que RESPEITO é a principal arma para combater esse preconceito!

Espero que tenham gostado da matéria e que juntas a gente possa ajudar nessa luta. Um Beijão.

Mel Soares

GirlBoss •Fashion•BodyPositive

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