28 de junho marca o dia do orgulho LGBTQIA+, um dia não só de celebração, mas também de luta pela garantia de direitos.
A sigla da comunidade passou por alterações ao longo do tempo, isso porque ficou evidente a necessidade de estampar a maior quantidade de bandeiras possível, para que de fato seja um movimento representativo em todos os recortes.
Cada uma dessas letras fala sobre uma identidade, sexual ou de gênero, e inclui-las no nome que carrega a bandeira do arco-íris significa também dizer que elas existem e que as suas cores merecem ser pintadas e respeitadas na história do orgulho.
Mulheres Lésbicas no mundo inteiro são violentadas, objetificadas e têm seus corpos violados pela lógica machista, que constroi uma sociedade inteira predisposta a servir aos homens.
Homens Gays carregam consigo um histórico de agressões que vão desde os apelidos pejorativos até mesmo as ameaças e ataques físicos.
Pessoas Bissexuais são frequentemente invisibilizadas e descredibilizadas em relação sua sexualidade. São postas em rótulos aos quais não pertencem e constrangidas em sua individualidade.
Pessoas Trans e Travestis são historicamente associadas à marginalidade, muitas vezes privadas dos direitos básicos como moradia, alimentação, empregabilidade e outros. São mortos e mortas simplesmente por ser quem são! Obrigades a lidar com a disforia de gênero em meio aos abusos físicos e psicológicos da sociedade transfóbica.
O termo Queer surge de um antigo xingamento, comum nos EUA, contra pessoas LGBT. Pessoas Queer encaram diariamente o peso de questionar a heteronormatividade através de sua orientação sexual, identidade ou expressão de gênero.
Pessoas intersexo sofrem com o julgamento apontado aos seus corpos, que têm alguma alteração biológica relacionada ao gênero. Ainda existe muita confusão e desinformação no que diz respeito a essa sigla, por isso derrubar o estigma e as ideias violentas que partem da ignorância, significa também impactar o que gera o preconceito.
Viver em um sistema onde você cresce entendendo que o sexo é algo inevitável, quase que vital e que faz, necessariamente, parte das relações amorosas ou casuais é, no mínimo, doloroso para pessoas Assexuais, que sentem pouca ou nenhuma atração sexual.
Para essas pessoas, as relações podem ser construídas além disso, como através do sentimento romântico, sem a necessidade sexual.
É no + da sigla que estão as pessoas pansexuais e gênero fluido, por exemplo. No caso das pessoas não-binárias, a opressão pode partir até mesmo da própria lingua, que traz consigo aspectos culturais e estuturais, como a binariedade de gênero.
A trajetória da comunidade LGBTQIA+ é de resistência, revolução e reinvindicação, não só pelo direito de amar, afinal de contas as relações não se dão somente neste lugar do amor romântico.
A luta é pela segurança, espaço e reconhecimento no mercado de trabalho, direito às relações livremente, acesso a cargos políticos, representatividade, pela voz, por direitos já assegurados a outros grupos, como a alimentação, educação, lazer, parentalidade, o casamento, e até pela própria vida.
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!