Você sabia que nem todo cabelo crespo é igual? Esse tipo de fio reserva beleza em cada uma das suas particularidades e hoje você vai entender a importância de conhecer cada uma delas.
Essa é uma textura que se assemelha ao cabelo cacheado, porque sua curvatura forma um espiral, ainda que pequeno. Os cabelos predominantemente tipo 4A geralmente são volumosos, estruturados e têm fator encolhimento.
O cabelo 4B tem um tipo de curvatura diferente do espiral, é nesse fio que encontramos o formato zig zag. Essa é uma repetição menor que no tipo 4A, que lembra uma letra Z em seu formato. Esses cabelos podem ter definição, principalmente se estimulados com gelatinas e finalizadores consistentes, têm estrutura e muito fator encolhimento.
Também conhecidos como crespíssimos, os cabelos tipo 4C não necessariamente têm definição, isso porque essa é uma textura que não forma espiral. Não há um formato padrão que defina esse cabelo, como um espiral ou zigzag, por exemplo. É comum que esse tipo de fio apresente volume natural, frizz e reflita o brilho para diferentes direções.
A ideia de que o cabelo crespo é ruim, sujo, mal cuidado ou uma textura que precisa ser modificada na verdade é uma prática racista. Isso porque, assim como qualquer outro, esse tipo de fio tem a sua beleza e suas caracteristicas merecem ser respeitadas.
A textura crespa, em toda sua singularidade, é uma herança viva, deixada pelos povos negros que construíram a cultura do nosso país. Condená-la é também atacar a existência e identidade desses povos.
Quanto mais próximo de uma textura crespíssima, sem definição, com bastante volume e frizz, por exemplo, mais o cabelo se distancia da passabilidade que tenta apagar os traços dessa identidade.
O racismo nos ensinou que há algo de feio ou errado com o cabelo crespo, porque ele representa algo muito maior, a ancestralidade e beleza da negritude.
Por isso é político afirmar: TODO CRESPO É LINDO!
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!