Recentemente teve post no insta da Bio (@bioextratus) falando sobre o tão temido Big Chop. Primeiro vale uma rápida explicação do que se trata: Big Chop é o momento do “Grande Corte”, onde a pessoa decide tirar toda a química dos fios passando a tesoura; e assim, deixar o cabelo crescer naturalmente. Isto posto, por que ele é tão temido? Qual o problema de cortar o cabelo? Ah… a história é longa!
Retirar toda a química que altera a estrutura do fio – alisamento, relaxamento, permanente, progressiva…- implica, na maioria das vezes, deixar o cabelo muito curto ou mesmo ficar sem! Sim, raspar! E para uma mulher decidir fazer isso é porque ela já cansou de tentar se encaixar num molde que não lhe serve. Crescemos ouvindo de todos os lados que mulher deve deixar os fios longos, que é mais bonita com cabelo comprido, que liso é o melhor cabelo e por aí vai. Então, uma crespa ou cacheada tenta a qualquer custo entrar no padrão para ser aceita. Envolve emocional, envolve história, envolve memórias. Eu passei por isso precisamente em 30 de setembro de 2013.
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Estava sentada na cadeira do salão e cortei. No momento eu olhava fixamente para o meu celular e não quis pensar em mais nada. Estava há quatro meses sem relaxar, deixando crescer e cortando aos poucos. Mas não sei o que me deu neste belo dia de primavera que resolvi cortar. Estava sozinha. Quando cheguei em casa desabei! Me senti feia, me senti menos mulher, me senti sem um pedaço.
Não, não é apenas um cabelo. É tooooda uma vida tentando se adequar, e é o momento que você passará a conhecer seu cabelo DE VERDADE. Como o meu fio se comporta? Como ele é? Quais produtos eu usarei para cuidar? Eu não sabia nada disso até os 24 anos de idade.
Hoje, cinco anos depois, tenho outra relação com o meu crespo! Amo como ele é e me permito cortar quando bate vontade e tingir da cor que surge na mente. O melhor de tudo? Não preciso mais me preocupar com produtos. Se lá atrás não víamos em lugar algum cremes específicos para crespos e cacheados, hoje são diversas opções! Botica Cachos, Nutri Cachos e também a linha Força com Pimenta, que ajuda no crescimento dos fios.
Pode passar pelo Big Chop sem medo que depois é só alegria. Cuidado não vai faltar para celebrar essa natureza.
Paulistana de 28 anos completamente apaixonada pela família. Formada em marketing mas escolheu trabalhar com beleza, que é o que lhe encanta. Fala feito louca, ri descontroladamente e quer apenas ajudar as mulheres a se sentirem lindas.
No ano passado, recebemos centenas de depoimentos de mulheres de todo o Brasil que estavam passando pela transição capilar e que gostariam de fazer o “big chop” com o Clube das Cabeludas. Nossa websérie foi criada em parceria com a Bio Extratus para inspirar mulheres a fazerem a transição e assumirem seus cabelos crespos e cacheados naturais.
Dentre todas as emocionantes mensagens recebidas, selecionamos uma história que consideramos inspiradora para presentear a modelo com o corte de cabelo e a participação no primeiro episódio especial do programa. Conheçam a Manu, nossa musa carioca, que veio de São Francisco de Itabapoana (RJ) até São Paulo, para dar adeus à progressiva e descobrir a liberdade de ter de volta seu cabelo cacheado natural.
Ela é atleta, vegana e frugívora. Foi escolhida, dentre diversas mulheres do Brasil todo, por uma causa nobre: divulgar o trabalho com o Santuário Salvando Vidas, que abriga mais de quinhentos animais, sobreviventes de maus tratos.
Uma pesquisa de 2012 revelou que 70% das mulheres brasileiras com cabelos crespos e cacheados alisavam os fios. Muitas vezes, o processo de alisamento químico começa cedo. “Aos nove anos minha tia me levou para fazer a primeira química no cabelo”, conta. O objetivo era “reduzir o volume e soltar os cachos”, relembra Manu. Com o tempo, o cabelo começou a alisar e, dos quinze aos dezenove anos, ela usou progressiva, escova e chapinha, o que causou danos ao cabelo, que se tornou poroso, frágil e quebradiço. Não é pra menos, já que os processos químicos constantes, somados ao uso da chapinha e do secador, prejudicam a saúde capilar.
Em 2017, após aderir a uma alimentação frugívora e vegana natural, baseada no consumo de frutas e de vegetais, a Manu sentiu que também precisava transformar também a relação com o próprio cabelo. Ela não sabia o que fazer, mas estava decidida a parar com o alisamento. Conforme o cabelo foi crescendo, a dupla textura (raiz crespa e pontas alisadas) começou a incomodá-la. Foi aí que surgiu a oportunidade de participar do Clube das Cabeludas, com o cabeleireiro e parceiro do programa Charles Motta.
Confira o vídeo dessa linda transformação:
Acompanhe o perfil da Manu e do Santuário no Instagram.
Você também está passando pela transição capilar? Conte para a gente nos comentários!
Criou o Blog das Cabeludas, Crespas e Cacheadas em 2008 e é uma das idealizadoras da Marcha do Orgulho Crespo Brasil (2015). Ambas iniciativas tem objetivo de empoderar mulheres a aceitarem seu cabelo natural. É bacharel em Relações Internacionais, Vegana e especialista em Marketing Digital.
Oie!
Começamos o ano e, desta vez, não vim falar de mim, Maraisa Fidelis. Hoje falo da minha mãe! Sim: Edna Fidelis, mais conhecida como Mamãe Diva (por que Mamãe Diva Maraisa? Porque é só olhar para ela e vocês verão a plenitude! Minha mãe é uma diva Braseeeeel! HAHHAHAHAHA. Tá, falando sério eu não sei quando e por que eu e minha irmã começamos a chamá-la assim; só sei que ficou).
A história começa lá em 2013, setembro, quando eu fiz o meu big chop (ou grande corte – quando se tira toda a química dos fios). Estava sozinha no salão, sem meu namorado ou minha mãe para me apoiar. Cheguei em casa, sentei no chão, coloquei a cabeça nos joelhos da mamãe, que estava sentada no sofá, e desabei a chorar. Me achei feia, me senti péssima. Naquele momento, minha feminilidade tinha escoado pelo ralo; meu lado feminino estava no cabelo! Como eu faria?
Mamãe ficou tão mal que cogitou cortar o cabelo dela igual ao meu. Mãe é mãe, né? Mas no dia seguinte eu já estava outra pessoa e pronta para encarar a saga dos fios naturais. Mamis continuou com a química.
– Pausa para entender a química no meu cabelo e no cabelo de mamãe –
Eu já usei diversas químicas no cabelo: relaxamento, permanente e alisamento. Minha mãe sempre usou uma: henê. O henê é tenso porque nada vai com ele! É uma das químicas mais fortes e incompatíveis. Porém, desde quando me conheço por gente, mamãe tinha os fios alisados pelo henê. Foram 28 anos dessa dependência.
De 2013 pra cá, eu conversei com mamãe diversas vezes para ela deixar o cabelo natural, mas e o medo? E o receio de não saber cuidar? E a coragem de cortar a química ou ficar com duas texturas? Aproximadamente no meio de 2017, ela decide largar o henê e começa a transição.
Neste período, ela só usou a linha Força com Pimenta. O foco era fazer o cabelo crescer e ao mesmo tempo deixá-los fortes. Toda a linha foi pensada para o crescimento dos fios, o legal é que tem embalagens de diversos tamanhos e, como seria um tempo grande de transição, optamos pelas apresentações de 1kg. Foi sucesso de audiência. Mamãe percebeu que os fios novos vinham mais fortes e começou a ver qual o formato deles. Além disso, viu brilho e um crescimento mais rápido do que o habitual.
Chegamos no final do ano, dezembro, mês do aniversário da mamãe e lá vamos nós no salão: ela cortou! Sinceramente? Eu achei que na hora ela não cortaria. VINTE E OITO ANOS cuidando do cabelo da mesma forma é tempo! Mudar assim, depois dos cinquenta, requer muita, mas muita coragem e determinação. Digo isso porque a época é diferente. Por mais que mamãe seja minha melhor amiga, ela viveu muito mais e cresceu num mundo completamente diferente. Mudar é preciso, mas também doloroso. Principalmente quando envolve a nossa imagem e autoestima.
Entretanto, me enganei e ela cortou. Sim, eu vi o medo nos olhos dela. Medo de como cuidar depois daquele momento, medo de não se reconhecer no espelho, medo do papai não gostar do corte (mamãe e papai são muito grudados e cada passo dado, um conta pro outro. Isso é assunto para outro momento, uma relação tão fofa que eu me divirto! hahahhahha). No fundo, o medo era do desconhecido, de ver o cabelo natural novamente e saber cuidar. Mas mamãe esqueceu de uma coisa, né? OLHA A FILHA QUE ELA TEM!
Então, lá vamos nós alternar as linhas! Sim, eu adoro fazer isso: alternar linhas em uso no cabelo. Agora mamãe usa Força com Pimenta e Botica Cachos Perfeitos. Ainda queremos estimular o crescimento dos fios e, em alguns momentos, “pegar leve” na lavagem com um shampoo sem sulfato ou mesmo co wash. O finalizador é Botica Cachos Perfeitos, para estimular os cachinhos de mamis.
Sabe o mais legal disso tudo? Que o cabelo da mamãe é completamente diferente do meu! Ela possui cachos mais abertos e não tão secos. Meus cachos são bem miúdos e às vezes zigues-zagues, fora que eu preciso de produtos com bastante óleo para um resultado bom, além de uma grande quantidade de finalizador. Já no cabelo dela, usamos bem menos para um bom resultado e com brilho absurdo!
E que seja bem vindo o ano de 2018, com cabelo novo e muitos cuidados. Por hora mamis parou de tingir, mas quando ela voltar, lá vamos nós com a Pós-Coloração. \o/
Lembrando que NÃO IMPORTA o que você faz no seu cabelo. Eu sempre gosto de deixar isso claro. Você pode usar química ou não; deixar alisado ou cacheado; relaxado ou natural; ninguém tem nada com isso. A única coisa que eu indico é: cuide dos seus fios e seja feliz com seu espelho!
Mamis tá feliz e foi tudo no tempo dela. <3
Beijos
Paulistana de 28 anos completamente apaixonada pela família. Formada em marketing mas escolheu trabalhar com beleza, que é o que lhe encanta. Fala feito louca, ri descontroladamente e quer apenas ajudar as mulheres a se sentirem lindas.
No episódio 8 da série Clube das Cabeludas convidamos a Jéssica (nossa modelo do episódio 1) e a Samara (modelo do episódio 5) para falar sobre o que mudou depois do big chop. Um ano após fazer a transformação com o Clube das Cabeludas, a Jéssica está se sentindo bem mais segura. A autoestima dela melhorou, ela posta mais fotos nas redes sociais e recebe mensagens de mulheres que estão passando pela transição e que se inspiraram no processo e no vídeo dela. A Samara, que optou por fazer a transição gradual e cortar o cabelo aos poucos, também se sente mais confiante e diz que os produtos estão ajudando bastante a lidar com as pontas do cabelo que ainda têm química.
Aproveitamos o nosso encontro para atualizar o corte de cabelo de ambas!
Confira o vídeo:
Foi muito lindo acompanhar tantas transformações, aprender com cada história e saber que os vídeos que criamos junto com a Bio Extratus inspiraram milhares de mulheres de todo o Brasil a refletirem sobre os padrões de beleza e a aceitarem os seus cabelos crespos e cacheados, livres de alisamento.
Aguardem nosso último episódio, com a história escolhida para fechar nossa série!
Criou o Blog das Cabeludas, Crespas e Cacheadas em 2008 e é uma das idealizadoras da Marcha do Orgulho Crespo Brasil (2015). Ambas iniciativas tem objetivo de empoderar mulheres a aceitarem seu cabelo natural. É bacharel em Relações Internacionais, Vegana e especialista em Marketing Digital.
Lembram que falamos que o objetivo do Clube das Cabeludas era inspirar mais mulheres a passarem pela transição capilar e aderirem ao big chop? O primeiro vídeo da série tem mais de 80 mil visualizações e uma das pessoas impactadas por esse conteúdo foi a Rafa, que ficou tão emocionada com a reação da Jéssica (episódio 1), que resolveu cortar o cabelo também. A Rafa contou um pouco sobre a transição dela e aproveitou para atualizar o corte com o Charles, já que ela optou pela transição gradual, cortando aos poucos.
O vídeo completo da transformação da Rafa:
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Criou o Blog das Cabeludas, Crespas e Cacheadas em 2008 e é uma das idealizadoras da Marcha do Orgulho Crespo Brasil (2015). Ambas iniciativas tem objetivo de empoderar mulheres a aceitarem seu cabelo natural. É bacharel em Relações Internacionais, Vegana e especialista em Marketing Digital.