Quais as mentiras que você já se contou sobre o seu próprio cabelo?
Se você já olhou no espelho e pensou “Vish! Meu cabelo acostumou com o produto, não serve mais pra mim” ou “Não entro em transição capilar porque meu cabelo não tem forma nenhuma” esse post é para você!
Nem sempre!
Para avaliar o que tem causado danos ao seu cabelo é preciso estar atenta a uma série de fatores, como alimentação, genética, cuidados de rotina, exposição aos agentes externos ou químicos, utilização de fontes de calor e muito mais. O produto é só uma dessas interferências.
Quem nunca pegou uma máscara de reconstrução e soltou a frase “vou hidratar meu cabelo”?
Nem todos os tratamentos que você faz na sua rotina de cuidados têm como objetivo a hidratação (ou pelo menos não deveriam). O cronograma capilar, que te ajuda a suprir todas as necessidades dos fios e mantê-los saudáveis, é composto por hidratação, nutrição e reconstrução.
Sendo assim, sua máscara ou banho de creme pode representar qualquer um desses tratamentos.
Com o tempo, o que pode acontecer é que as necessidades dos fios mudem.
A hidratação é o tratamento responsável por repor água, a nutrição repõe o óleo e a reconstrução devolve proteina à estrutura capilar. Se você usa somente a mesma linha, destinada, por exemplo, à reconstrução, as necessidades de água e óleo continuarão existindo, enquanto a proteína já não será necessária e por isso é interessante intercalar as linhas e produtos.
Isso não significa que depois de um tempo você não possa voltar a usar os mesmos produtos, quando o seu cabelo apresentar novamente essa necessidade.
Um dos maiores mitos do cabelo oleoso é acreditar que ele precisa ser lavado diariamente.
A oleosidade é entendida pela estrutura capilar como proteção para os fios e couro cabeludo. Quando um cabelo oleoso é submetido à constante higienização, essa estrutura assume que os produtos adistringentes removeram a barreira protetora natural, por isso a renovam.
Ou seja, quanto mais você lava, mais o seu organismo produz oleosidade. Portanto esse ciclo não tem fim, te faz perder tempo, dinheiro e ainda saúde capilar, uma vez que a produção desenfreada de oleosidade não é saudável.
Se você acha que o cronograma capilar é um compromisso desnecessário, provavelmente você não encontrou a sua sequência ideal.
Seguir a agenda de tratamentos da sua blogueira favorita, sem adaptar às necessidades particulares dos seus próprios fios, não vai te deixar perceber os benefícios dessa práica.
Essa é uma premissa que está atrelada a toda gordofobia que aprendemos e reproduzimos por anos, enquanto sociedade. Crescemos aprendendo esses preconceitos, que nos afastam da liberdade de experimentar algo novo.
O formato do seu rosto não é pré requisito para um corte de cabelo, o seu desejo que deve ser!
Envelhecer é um processo natural, sinônimo de vida e experiência, história e motivo de honra. Não deve ser um limite!
O corte ou a cor do seu cabelo não têm data de validade, afinal de contas, seja quando for, você merece o direito de seguir escolhendo o que considera melhor para si e para sua própria imagem. Seja grisalha, castanha, ruiva ou colorida. Sem etarismo!
Toda textura é linda em sua singularidade!
A ideia de que o cabelo cacheado é mais bonito que o crespo parte de uma lógica racista, que estabelece uma hierarquia entre as texturas, reforçando preconceitos e estereótipos.
Todo cabelo tem uma textura. Isso é um fato!
Não existe um cabelo que não seja liso, ondulado, cacheado e nem crespo. Muito pelo contrário, o seu cabelo pode até misturar mais de uma curvatura.
A transição capilar é um processo de descoberta, os fios mudam ao longo das fases da vida e para descobrir a forma que o seu cabelo tem naturalmente, é preciso encarar o desafio.
E aí, qual dessas mentiras você desmistificou hoje e nunca mais vai falar para si mesma?
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!
Joicy Eleiny, pernambucana nascida no interior e morando na capital. 21 anos, mulher negra, crespa e LGBT compartilhando empoderamento e provocando discussões acerca de suas lutas principalmente através da estética. Estudante de jornalismo, apaixonada por moda, beleza e brega!